segunda-feira, 30 de junho de 2008



A Luz que Ascende o Olhar


A luz que ascende o olhar
Vem das estrelas no meu coração
vem de uma força que me fez assim
vem das palavras, lembranças e flores
regadas em mim
O tempo pode mudar
A chuva lava o que já passou
Resta somente o que eu já vivi
Resta somente o que ainda sou
A luz que ascende o olhar
Vem pelos cantos da imaginação
Vem por caminhos que eu nunca passei
Como se a vida soubesse de sonhos
Que eu nunca sonhei
Vem do infinito, da estrela cadente,
Do espelho, da alma, dos filhos da gente,
De algum lugar, só pra iluminar
A força
Vem de onde eu venho de tudo que acende
A vida, calada, me olha e entende
O que eu sou, tudo que é maior
Vem do amor
Vem do amor
A luz que ascende o olhar
Vem dos romances que viram poesia
Vem quando quer, se quiser, se vier
Vem pra acender e mostrar o amor que a gente não via
Vem como um passe de pura magia
Como se eu visse e jurasse que há tempo já te conhecia
Vem do infinito, da estrela cadente,
Do espelho, da alma, dos filhos da gente,
De algum lugar, só pra iluminar
A força
Vem de onde eu venho de tudo que acende
A vida, calada, me olha e entende
O que eu sou, tudo que é maior
Vem da
A luz que acende o olhar,
Vem das histórias que me adormeciam
Vem do que a gente não consegue ver
Vem e me acalma, me traz e me leva
Pra perto de você
E me leva
Mais pra perto de você
(Déborah Blando)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Intuição

Canta uma canção bonita falando da vida em ré maior
Canta uma canção daquela de filosofia, é mundo bem melhor
Canta uma canção que agüente essa paulada e a gente bate o pé no chão
Canta uma canção daquela, pula da janela, bate o pé no chão
Sem o compromisso estreito de falar perfeito, coerente ou não
Sem o verso estilizado, o verso emocionado, bate o pé no chão
Canta o que não silencia, é onde principia a intuição
Nasce uma canção rimada da voz arrancada o nosso coração
Como sem licença, o sol rompe a barra da noite sem pedir perdão
Hoje quem não cantaria, grita a poesia e bate o pé no chão
Sem o compromisso estreito de falar perfeito, bate o pé no chão
Sem o verso estilizado, o verso emocionado, bate o pé no chão
Canta uma canção bonita falando da vida em ré maior
Canta uma canção daquela de filosofia, é mundo bem melhor
Canta uma canção que agüente essa paulada e a gente bate o pé no chão

(Oswaldo Montenegro)
Sempre não é todo dia

Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Olhei pro meu espelho e há!
Gritei o que eu mais queria
Na fresta da minha janela
Raiou vazou a luz do dia
Entrou sem me pedir licença
Querendo me servir de guia
E eu que já sabia tudo
Das rotas da astrologia
Dancei e a cabeça tonta
O meu reinado não previa
Olhei pro meu espelho e há!
Meu grito não me convencia
Princesa eu sei que sou pra sempre
Mas sempre não é todo dia
Botei o meu nariz a postos
Pro faro e pro que vicia
Senti teu cheiro na semente
Que a manhã me oferecia
Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre
Mas sempre não é todo dia

(Oswaldo Montenegro)